20 de março de 2013
Excesso de caminhões trava trechos da Rodovia Cônego Domênico Rangoni e deixa motoristas na espera em Cubatão
Sede do Ecopátio e do Rodopark, pátios com 1.900 vagas usadas para regular o acesso de caminhões ao Porto de Santos, a cidade de Cubatão (SP) enfrenta grandes transtornos com o agravamento do gargalo logístico em 2013.
O excesso de caminhões praticamente travou nesta quarta-feira (20/3) três trechos da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera-Guarujá), em uma extensão total de 24 quilômetros, segundo a Ecovias (administradora do Sistema Anchieta-Imigrantes, que liga a região metropolitana de São Paulo e o Porto de Santos).
Apenas para ter acesso à via, o caminhão que dá carona à reportagem de Globo Rural teve que ficar parado por quase duas horas em uma alça de acesso. O movimento era tão lento que a maioria dos caminhoneiros optou por desligar os motores e descer dos veículos. O mesmo fizeram motoristas de carros de passeio.
A espera era apenas para ter acesso aos pátios reguladores, onde o tempo de espera médio é de sete horas. Quando autorizados a seguir viagem ao Porto de Santos e ao terminal do Guarujá, o tempo de espera médio até a descarga era estimado nesta última terça-feira em 13 horas.
"A promessa é que a gente saia daqui até às 19 hoas", explicou o motorista Adílson da Silva, que nos conduziu desde Canarana (MT). "Mas, por causa da fila até o porto, só devemos descarregar por volta das 10 da manhã de quinta-feira (21/3)".
Improviso
Às 11 da manhã desta quarta-feira, o caminhoneiro Fábio Paulo Pires, 37 anos, aguardava deixar apenas à noite o espaço do Rodopark de Cubatão.
"Eu ainda tenho 50 caminhões na minha frente só para sair daqui. Mas, até chegar lá no porto, só amanhã depois do almoço", lamentou o motorista, enquanto preparava o almoço em sua cozinha improvisada no caminhão.
Morador de Itararé (SP), Pires diz que a situação "piorou muito" em relação ao período mais crítico do escoamento da safra em 2012. "No ano passado, havia muita espera no pátio, mas se formava essa fila depois", disse.
Rodrigo Vargas
Ele atribuiu a situação à combinação de dois fatores: muito movimento e falta de estrutura. "A situação atrapalha a vida de todo mundo. Inclusive para os motoristas de carros pequenos, que não têm nada a ver com a situação. A estrutura não comporta o movimento de caminhões."
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